sábado, 20 de julho de 2013

Sozinho pelo jardim





Sozinho pelo jardim

De minha concha espiralada
Deslizo mole e fraco
Rastejo seminu aos olhos
Dispo-me de meu esqueleto
Carrego o que me sustenta
Sustento o que apresento
Minha concha espiralada
Coração quebradiço.
Redemoinho ósseo
Labirinto em mim
Esconda-me do mundo.


Não serei o sonho de um poeta
Nem musa inspiradora de artistas
Não serei ídolo de multidões
Nem rei, deus, nem pastor...
Passearei sozinho pelos jardins...
Sozinho pelos jardins...


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