sábado, 30 de abril de 2011

plágio elogio

Plágio elogio

Minha casa, sua casa

Sua casa é minha alma

Minha casa sua alma


Vivo onde me permito sentir

Sinto o que desejo viver

30/04/2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Des-beba coca cola

Desbeba coca cola.

Bebo coca cola

Se não bebo

Não to na moda

Não bebo coca cola

Se não bebo

-revoltado

Se não bebo

-imaturo

Se não bebo

-Radical

Mesmo

Com a coca cola

Financiando

A guerra

Se não bebo

-Revoltado

Se não bebo

-imaturo

Se não bebo

-radical

Espero pelo dia

Em que

Não financiar

A guerra

Esteja na moda.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A poesia é um fato

A poesia é um fato

Ponte entre o instante e a eternidade

A poesia é um fardo

Laboriosa penúria de pensantes

A poesia é um dado

Seis lados uma única chance

A poesia é um salto

Queda do íntimo ao banal

A poesia é um escárnio

Mofa do sempre ao tudo

A poesia não é coisa alguma

É, finge que não é

A poesia não é coisa alguma

Perdida em sua volátil forma

A poesia não é coisa alguma

Abstrata sensação que explode.

26/04/2011

sábado, 23 de abril de 2011

Derrota. Morre a menina.

Lembranças de uma realidade desfeita
Fragmentos rotos, complexos pairando no ar.
Os empoeirados livros na estante
Demonstram que o tempo passou.
O hino cantado por seus desejos
Nunca mais será ouvido pelos corações.
Seu reflexo não estava no espelho.
O seu sonho não é mais soberano,
Nem a guia à novos caminhos
Apenas a dor do quotidiano é real.
Com a cabeça sobre um travesseiro
Uma jovem nota o quão silencioso é o seu quarto.
Se ao menos ela soubesse brincar com os sons produzidos
Por seu coração, se ao menos ela conseguisse dar vida a os sonhos
Que tem durante seu sono. Nada seria tão preto e branco
E seu nome seria algo importante, seria para ela algo mais que
Um código seria seu "eu" transformado e sonoro
Algo estranho e complexo como sentir-se completo
Algo louco e absurdo como ser perfeita em si mesma.
Os pés descalços são as vozes da liberdade
E as lágrimas das crianças sem pais
São menos que meus lamentos
Os murmúrios vêm dos ventos
E a solidão vem do coração
Eis que surge a noite para a menina,
Que no cansaço da vida quer ser tão viva e, por isso,
esquece-se de viver. Usa as estrelas para fingir-se de morta.
Espera calmamente os sons pararem na rua e lhe trazerem
O seu mundinho, seu palácio e suas nuvens de algodão.
Seu dia foi cansativo, não foi à escola, não brincou com as crianças.
Nem esperou o menino ao qual está enamorada.




Acordou, olhou pela janela, abriu-a,
Sorriu para os pássaros que estavam em seu telhado.
Tossiu, sentiu dor na garganta, pois a mão na testa: febre.
Deitou-se mais uma vez, estava triste não brincaria hoje novamente.
De olhos fechados sentia frio, seu coração batia forte.
Pensou em deus, viu o diabo, não acreditava em nada. Morreu!
Insistentemente lutou. Não queria morrer, pensou em sua mãe,
Chamou-a, sua voz não saia, sua garganta doía.
Um medo abateu-lhe, pensou nos seus primos e irmãos
Pensou muito, não pensava mais nada, não sentia mais nada,
Tudo era escuro, tudo era frio, de repente, uma inquietação,
uma vontade de chorar, de gritar, urrar como um animal.
Mas havia morrido, ainda lutava, mas nada... Estava morta.
Horas depois a porta do quarto fora aberta
E um sorriso esboçava-se na face de uma mãe contente
Ah... Que prazer sente os pais em ver seus filhos dormirem em paz
Que prazer sente os seres humanos em saberem que tudo
Age como deveria agir e que sua cria esta segura
Livre da maldade da vida, da maldade dos homens,
E que ali deitadinha, coitada, não sofrera nenhum mal

O poetaço

O poetaço

Eu despertei!!!
Gritei meu íntimo para deus
Chorei palavras para aduzir meus sonhos
"Eu" o poeta!
Sujei-me de sentimentos
Rastejei-me no pântano do sentir
Eu, o triste e louco!
Rabisquei palavras na face do tempo
E as deixei para os que têm as chagas da poesia
A castigar seu íntimo.

O poetaço

Sol

Em uma nota musical

Nasce um astro sem brilho

Perpetua fonte de luz.

23/04/2011

O poetaço

Sentir

Sentir

O que comumente se sente

Agente, não consegue

Sentir

23/04/2011

O poetaço

O trem parado.

Quando se parte o trilho da vida

Big bangs enamoram-se,

até formarem o caos

daí

As flores perdem as pétalas

As meninas suas bonecas

A fantasia os artistas

Tudo conflui sem fruir

Ligam-se sonhos e pesadelos

De um amálgama orgástico

E interrompido surgem

Espinhos, arames farpados, cacos de vidro

Nas íntimas partes dos desejos

produzindo orgias entrópicas.

11/02/2011

O poetaço

A musa do Mar

À noite, com o reino translato enamorando

Minha inspiração poética

Penso em você, ó musa platônica

Trespassando a realidade limítrofe

Que intercecciona a mim e Platão.

Tal qual o cego que enamora a luz dentre a escuridão

Eu sinto sua presença guiar-me ao devaneio

São através de minhas idéias que toco sua etérea face

São os fragmentos de nossos instantes

Que ecoam no labirinto de meu ser

Reproduzindo-te e induzindo-me

A recriarmo-nos em momentos nunca vividos.

Será amor?...

Ou a angústia de poemas nunca escritos?

poetas nunca diferenciam um grito

do bater forte de seu coração.

22/04/2011