domingo, 29 de maio de 2011

Animal doméstico.

Faço-lhe um cafuné

Jogo a vareta e peço para ele ir pegar

Levo-o para passear

Deixo-o rolar na lama

Cheirar os outros

E subir na Cama

E por mais que eu insista

Nunca fingi de morto

Nem usa coleira.

Logo entendo que estamos

Na mesma situação.

E quando nos olhamos

Percebo uma reciprocidade taciturna...

Pouco depois entendo

Meu ego me domesticou.

17/05/2011

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